Community: a melhor faculdade ever!
Minha nova imagem de capa no Facebook e meu novo wallpaper do computador são imagens de Community! Isso é um sério sinal de que estou passando por uma crise de abstinência!
O Luiz (o que seria de mim sem esse meu noivo?) me apresentou a série e disse que eram só três temporadas, era rapidinho de ver. Como já comentei aqui, não posso acumular mais séries, porque se não acabo não tendo tempo para me dedicar a todas elas, mas no final, arrisquei.
Foi um risco muito bem corrido! Os primeiros episódios já deixam claro a que a série veio, porém, ao mesmo tempo, eu paro para pensar sobre o material do começo e o que foi exibido recentemente e concluo que me surpreendi demais, num sentido positivíssimo.
E, analisando isso com mais cuidado, vejo que, não sei se propositalmente, mas essa é a intenção de Community. A série toda é uma espécie de sátira com referência aos filmes, programas de TV, músicas, enfim, produções nerds e da cultura pop em geral.
Sendo assim, não é de se admirar que as “reviravoltas” que eu identifiquei aconteceram exatamente para quebrar a expectativa de que a série fosse ser um amontoado de clichês ou uma colagem de tudo que já foi feito dentro de padrões pré-definidos.
Para começar, eu nunca imaginaria que Troy e Abed (in the moooorning) iriam se tornar a dupla que acabam virando no decorrer dos acontecimentos. Eu achava que o Abed ia ser apenas mais um freak cheio de informações que é olhado de lado por todo mundo, só que ele consegue se encaixar nas situações que envolvem todo o grupo e foram criadas pequenas histórias para destacarem outros lados dele. Na verdade mais sincera, eu não acreditava no personagem do Troy, achava que ia ser o clichê do jogador de futebol americano metidinho ou protagonista de algum romance.
Por falar em romance, outro caminho totalmente inesperado para mim foi o do relacionamento de Britta e Jeff. Tudo indicava que ia rolar alguma coisa entre eles e, na minha ingênua imaginação, pensei que seria alguma coisa no estilo gato e rato, que ele ia insistir em conquistá-la e ela hesitaria. Nunca pensei que, no fim das contas, a Annie ia entrar “no meio” dessa conversa e Britta ia se mostrar uma ativista maluca e que Winger ia mostrar que só ama mesmo o seu próprio ego!
O destaque dado para a Shirley com toda a história da gravidez me fez desconsiderar o fato de ter achado que o personagem seria um pouco apagado ou o estilo “mãezona”. Destaque para as vozes que ela faz, que são ótimas!
O reitor muda de um bobão que todo mundo passa por cima para um completo lunático que todo mundo continua passando por cima, mas que deixa a sua marca pelos absurdos e bizarrices super divertidos, incluam aí os figurinos.
Os dois personagens que, para mim, não apresentaram grandes mudanças, e por isso mesmo são perfeitos dessa maneira, são Pierce e Chang. Não digo que eles não mostraram um desenvolvimento, muito pelo contrário!
Pessoalmente, só de ver a cara do Chevy Chase eu já começo a rir e achei super bacana como isso foi aproveitado, utilizando o fato de ele já estar mais velho. As piadas dele tem um timing perfeito e eu adoro o exagero relacionado ao preconceito que ele traz consigo.
O caso do Ken Jeong é muito parecido. Só o fato de ele estar na tela já é divertido e engraçado! Os surtos do personagem são muito bons e a manutenção dele na série trocando o papel de professor por aluno foi realizado de forma suave e sem perder o ritmo.
Enfim, acho que Community só melhorou, nunca deixou a peteca cair, principalmente num aspecto muito difícil que é manter sempre as citações e referências. Pense bem, uma hora esses temas se tornam escassos, mas a série nunca é repetitiva e esses detalhes são inseridos nos diálogos de uma forma extremamente positiva.
Outro destaque são episódios especiais passam por Natal, Halloween, jogos de Paintball e de video game, tudo isso executado com primor. É uma excelente tática para evitar que as coisas fiquem monótonas.
Definitivamente, Troy e Abed são os meus favoritos, mas acho que o grupo todo não seria o mesmo se faltasse um só personagem que fosse!
Acho que todo mundo já sabe que o produtor das três temporadas, Joel McHale, não participará mais da quarta, o que, por enquanto, não diminui a minha empolgação e expectativa!
Vai fazer um ano que sai da faculdade com grande alegria no coração, mas não quero que esses alunos saiam dessa Community College nunca mais! Agora é esperar para conferir o que Community nos reserva!